Por Rafael Barbosa dos Santos!
Nesta
sexta feira 19/10, se encerrou Avenida Brasil, a novela que parou o país, um
dos maiores sucessos dos últimos tempos, e uma trama que teve uma repercussão
poucas vezes vista na história da teledramaturgia. Para quem é fã foi difícil
se despedir, e é claro que Avenida Brasil deixará imensas saudades.
Avenida
Brasil aliou um texto ágil, dinâmico, inteligente, ousado, inovador e profundo,
á uma direção inspirada, um olhar cuidadoso sobre a nova classe C tão em voga
no cenário econômico do Brasil, e á um elenco que esteve entregue do início ao
fim, digno de aplausos.
O
último capítulo foi como toda a trama, com muita tensão, emoção, momentos
catárticos, ação e humor e que mesmo com os malditos spoilers divulgados
contando todo o final, não deixou de ser surpreendente e gostoso de se ver.
O
Final da vilã mais amada do Brasil foi criativo e coerente com os últimos
acontecimentos. Carminha entregou os pontos, reconheceu que perdeu e em um
gesto heróico salvou Nina, sua maior inimiga e Tufão o homem que ela enganou
durante anos. Carminha revelou ter sido a grande assassina de Max, foi para
cadeia, pagou pelo que fez e ao sair três anos depois, foi morar no lixão com mãe
Lucinda. A vilã se redimiu, mas não deixou de ser a Carminha de sempre,
arrogante, com ar superior e com uma língua afiada. Muitos reclamaram, mas o
final fez todo o sentido, afinal desde o início ficou claro que Carminha tinha
um coração e as últimas revelações mostraram que ela foi uma vítima da vida.
O
abraço que Carminha e Nina deram foi uma das cenas mais emocionantes de toda a
novela, e foi um belo desfecho para a trama de vingança que norteou toda a história. As duas não se tornaram grandes amigas, mas reconheceram os erros e
decidiram botar uma pedra no passado se permitindo ter um futuro, onde ambas
pudessem conviver agora não mais como inimigas mortais.
O
assassinato de Max não teve tanta importância para o desfecho da história e nem
foi tão surpreendente, apesar da cena da revelação ter sido muito bem feita e
criativa.
O
desfecho dos demais núcleos não teve nenhuma surpresa, mas foi alegre e
divertido como sempre. Teve mas uma das refeições na casa de Tufão, com todos
falando ao mesmo tempo, rindo e felizes. Teve casamento de Cadinho com suas
três esposas, a revelação do segredo de Adauto que ainda chupava chupeta, um
dos momentos mais engraçados do capítulo e de maior destaque depois da trama
central. Ivana e Silas terminaram juntos, Beverly se agarrou com Valentim, e
ficou no ar um possível romance entre Diógenes e Pillar.
Os
pontos negativos do capítulo talvez tenha sido o fato de Suelen, um dos grandes
destaques de toda a trama mal ter aparecido, sem nenhuma cena com seu filho ao
lado de seus dois amores. Não teve também o casamento de Débora e Iran, e
nenhuma cena mais especial do casal que sumiu da trama nos capítulos finais. Faltou
um bom confronto entre Lucinda e Santiago, e também não vimos o que aconteceu
com o vilão, ele levou um tiro no pé, saiu de quadro e depois sumiu, nem mesmo o
vimos algemado.
No
geral foi um bom final de novela, condizente com todo o sucesso que Avenida
Brasil foi. O último capítulo fugiu do óbvio e inovou no sentido de uma vilã
ter sido a heroína e de termos acompanhado o que lhe aconteceu após seu fim. O único
casamento que teve foi de um homem e três mulheres. E teve uma grávida, mas sem
aquela enrolação de barrigão, parto e etc. E a cena final foi uma partida de
futebol com todo o elenco reunido, com direito a pênalti do Adauto, gol do
Jorginho e uma torcida acalorada. A bandeira do clube divino congelou no final
junto da palavra fim, o que ninguém esperava.
Avenida
Brasil é uma trama que deu certo em todos os aspectos, independente de qualquer falha e furo, uma obra prima que
consagra João Emanuel Carneiro como o maior autor de novelas da atualidade, e
como um dos gigantes da teledramaturgia brasileira. Avenida Brasil tem lugar
garantido na galeria de grandes clássicos como Selva de Pedra, Vale Tudo, Roque
Santeiro entre outros grandes sucessos. Uma trama inesquecível que deixa um
buraco no coração de muitos brasileiros que por 8 meses vibraram com esse fenômeno.
Adeus oioioi, adeus Carminha e sua turma e adeus Avenida Brasil.
Pra
terminar, um salve para Adriana Esteves que merece toda admiração e respeito
por seu trabalho maravilhoso, já é uma das maiores atrizes do Brasil e que
ainda brilhará e muito.
Ótimo texto! Também gostei muito do ultimo capítulo da novela. Muitos reclamam que o final de alguns personagens não ficou claro, mas não é preciso bola de cristal para saber que o desfecho de Santiago deve ter sido na cadeia, afinal, ele foi pego em flagrante por sequestro. Suellen apareceu pouco no último capítulo, mas isso também é compreensível, afinal o capítulo foi longo e ela já se destacou ao longo da novela inteira.
ResponderExcluirIndependentemente das reclamações de alguns, eu gostei muito do último capítulo. A novela se encerrou com chave de ouro!
Valeu pela visita!
ResponderExcluirO último capítulo foi muitíssimo bom mesmo, geralmente não gosto dos finais, mas desse e da recente Cheias de charme eu gostei. Quanto a Suelen, eu particularmente adoro ela e queria ter visto uma ceninha que fosse rs, quanto ao Santiago claro que foi preso, mas acho que o povo gosta de ver o vilão cair em desgraça!
Vai deixar saudades, agora é curtir Salve Jorge!
Abraço!
Primeiro, parabéns pelo texto. O que falar desse fenômeno? Bom, começando pelos furos: o que mais me incomodou, foi a falta de espaço dado a Suellen, Roni e Leandro, não mostrarem o filho do trio foi frustrante. Depois do pedido de casamento feito por Iran a Débora, os dois mereciam uma cerimônia no capítulo final. Quanto a Santiago fiquei satisfeito. Destaques: a entrega do elenco foi incrível, nenhuma interpretação ficou aquém, todos estavam afinados, foi bonito de ver. Destaque total para Adriana Esteves que não interpretou e sim viveu a Carminha. Concordo com você quando levanta o ponto da coerência na trajetória da vilã, que desde o início cativou a audiência, mostrou que não era psicopata, e sim vítima de um, no caso seu pai. Nutriu um amor incondicional pelo filho. E em sua redenção manteve sua característica altiva e seu ar de superioridade. Ponto para o João Emanuel que não se utilizou do poder de "Deus" que cada roteirista exerce para com sua novela, podendo fazer o que bem entender, o que sair da caixola, por mais absurdo que seja e construiu um desfecho com coesão. Sem mais delongas, como disse mais acima, a palavra que define Av. Brasil é: fenômeno. E mais uma vez te parabenizo, muito bom esse seu espaço. Primeira vez que entro, e pretendo ficar assíduo. Até a próxima!
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